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domingo, marzo 31, 2024

More human than human

Assim é como começou o «White Zombie» há mais de 20 anos anunciando a obsolescência da humanidade ante a nova inteligência das máquinas. Hoje já caminhamos mais na corda bamba do abandono definitivo da nossa forma humana, somos seres 4.0 numa sociedade virtual e mais do que nunca ingerimos as nossas consciências dentro daquele «Matrix» daquele filme famoso de finais de século XX.

Claro, toda esta virtualidade e automatização e robotização têm também seus reflexos na forma atual de agir dos atores políticos. A robotização da política tira do habitat ao fator humano, deixa nas mãos de «bots» a difusão das mensagens e cria uma realidade alternativa retro-alimentada constantemente com mais e mais mensagens. Todo remata sendo mais humano que o humano, todo ultra-passa ao humano e recolhe essa frialdade do aço e do plástico que têm as maquinas e os psicopatas sociais. Pois, efetivamente, isto na política tem uma tradução clara e observável facilmente nas últimas épocas. Assistimos à perda dos valores do humanismo que sustentaram durante mais de dois séculos às imperfeitas democracias nas quais adoitávamos a viver.

Nesta perda dos valores do humanismo aparecem esses novos fenómenos que lutam contra a política, como mal das sociedades e que provocaram na fim, este estado das coisas atual. Nascem esses buracos nas redes sociais infestados de ódio e de raiva, onde baixo a face do anonimato, gentes de todo tipo deitam as suas tripas acima de todo o que for minimamente progressista e liberal. Surgem web-sites, contas de tweeter, facebook,… encarregadas de fazer real o irreal e converter o irracional e irreflexivo em moda e tendência: desde «Terraplanistas» que invadem o globo terráqueo com seus discursos, passando por a corrente dos «Antivacinas», até os discursos do novo «apartheid»; todo no mesmo plano sujeito entre a religião e o dogma.

Fora do humanismo, não há já humanidade, aparecem unicamente algoritmos e computação e tecnologias e estatísticas que criam a política como unidade de mercado e abandona aquele eleitor racional que passa agora unicamente a ser um eleitor «emocional».

Somos já todos políticamente «more human than a human», somos já todos pequenos «bots» irreflexivos, acríticos e virados as mais das vezes a não tentar perceber nada do que temos na nossa contorna, complexa demais para a sua análise racional. Estamos já na guerra entre o governo da ração e o governo da crença. E de momento parece que vai ganhando a crença, uma nova crença que recolhe a libertação total de paixões, emoções e vai ao abandono do conhecimento e finalmente no abandono da democracia como melhor forma de gestão e mediação dos conflitos das sociedades.

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