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martes, marzo 26, 2024

A Espanha silenciosa, a Galiza calada

Efetivamente, estamos na torna-volta a esse discurso que tanto gosta no PP no que existe uma Espanha silenciosa, que não fez ruído nem reclama nas ruas os seus objetivos políticos. Uma Espanha silenciosa, que como o seu hino que não tem voz. Algo próprio da maneira de ser um bom espanhol, ficar em silencio ante as dificuldades; seja bom espanhol: «haga como yo y no se meta en política».

Por outra bando existe uma Galiza calada. Uma Galiza que não quer expressar a sua vontade no político e prefere ficar calada. É uma Galiza que deixa que lhe tirem as palavras e que lhe tirem a dignidade a sua gente: uma gente calada.

Entre a Espanha silenciosa e a Galiza calada, aparece o efeito perverso de uma ausência total de relevància política alguma dentro do Reino da Espanha da nossa terra, das nossas gentes. O nosso poder de influencia nos temas que no final definem o nosso bem-estar remata por ser abduzida dentro da nossa própria insonoridade ante a nulidade de altifalantes que elevem a nossa voz nos diferentes níveis de poder, tanto dentro do estado, como na UE.

E claro, a Espanha silenciosa são 11 milhões de habitantes no eixo Madrid-Andaluzia, e claro, entrementes a Galiza calada somos escassamente uma população de 2,5 milhões, ao final, claro, sempre acaba fazendo muitíssimo mais ruído essa Espanha silenciosa. A falta de uma força política de governo que priorize os votos dos galegos e galegas faz ficar ao nosso País calado, mudo e sem poder nenhum de influencia nas grandes decisões que nos afetam dentro da política estatal e europeia.

A necessidade de uma força de governo que tenha como eixo do seu projeto o bem-estar dos galegos e das galegas, no mesmo sentido que por exemplo existem noutras nações que formam o Reino da Espanha, é um caminho que devemos ir adiantando. Os Casado, os Rivera, os Iglesias e toda essa manada de salva pátrias poderão chegar a salvar a essa Espanha silenciosa, embora Galiza ficará calada e deserta; tanto no político como no económico. Assim, o PP, Psoe, Podemos e C`s, não deixam de serem o novo sistema de 4 partidos que conserva essa grande e silenciosa maioria da «espanholidade» de Espanha.

Unicamente nós com a nossa vontade é que temos nas nossas mãos cambiar este ritmo da política no nosso País, uma política que leva décadas a soar em «play-back» e com o mesmo disco uma e outra vez a soar em «random». Esse de que somos extra-radio, esse de que somos uma «banlieue» de Madrid e de que com os nossos impostos não damos pagados os nossos serviços de sanidade, educação, infraestruturas,… Esse disco com essa canção já barolenta sobre uma Galiza inútil, que no fundo não deixa de ser mais do que essa Galiza calada.

Ante essa Espanha silenciosa, que não é tal: que fez ruído com uma metrópole por onde têm que passar todos os aviões, todos os comboios, todos os carros,.. que fez o ruído todo das televisões, dos jornais, das rádios,… nós seguimos a ser um País calado. Ou começamos a fazer o nosso próprio disco ou ficaremos mais tempo calados. Ao melhor já é tanto tempo calados, que igual já até parece que igual estamos mortos e os únicos ruídos que ouçamos sejam os ruídos de espadas entre os «camisas viejas» e os «camisas nuevas».

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