Pois sim, vivemos numa cidade onde o nosso alcade dança. Dança de dia e dança de noite. Não e que ele seja um bom bailador, mas ele é a dançar em cada ocasião que pode. Festas, eventos e romarias varias, nelas todas o nosso alcade dança.
Esta bem isso de dançar, é sintoma de alegria e de vitalidade. É uma coisa a agradecer que temos toda a cidadania para este alcalde dançador e que transmite uma grande esperança por viver neste Vigo. A mim sempre me tira um sorriso com os seus bailes e as suas danças.
Nalgumas tribos africanas o líder também dança. E dança por muitos motivos, aliás o mais comum é ter aos deuses da sua parte. O nosso alcalde não dança mais que por outro motivo que é que ele pode. O nosso alcalde dança como uma parte mais do seu rito de acasalamento com a sua cidadania. Não faz mal, sempre é sexo consentido.
Vigo, que dançou anos com os ritmos de «Siniestro Total», «Os Resentidos» e «Golpes Bajos» desde os anos da movida nos anos 80`s do século XX agora segue o ritmo da desaparição cultural. A cultura normalmente é contra-poder, e isso, nestes tempos está vetado. Agora o ritmo é o de um Vigo a morrer no cultural, com uma oferta em museus desfeita de todo e que já anuncia o seu colapso final com a desaparição do MARCO.
Vigo sem bibliotecas, Vigo sem museus, Vigo sem cultura. Total, para quê? Todos dançamos a música que baila o nosso alcalde. Assim passamos a ser uma cidade; que no tempo foi centro de criação e de iniciativa cultural, onde nasceram editoriais hoje fulcrais no espaço do galeguismo como «Xerais» ou «Galaxia»; a uma cidade onde o alcade dança e a cidadania todo vai em cinta transportadora.
Abandonamos toda esperança, aquele «Por um Vigo melhor» do alcalde Soto, passou a ser «Vivemos numa cidade fermosa», estamos já na política dos factos consumados. Se já é fermosa, não há nada a fazer, já temos o caminho andado, unicamente resta pois dançar e dançar!