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sábado, septiembre 28, 2024

Eu vou com os unionistas

Pois, sim, efetivamente, com os unionistas, mas já de sempre, como diz a gente aquela «yo unionista de toda la vida del señor». Eu sou um bocado unionista, bom, quem diz um bocado diz um feixe!! Já em tempos havia gente unionista, uma dessas crenças estranhas já de antes e já de agora. E é que no galeguismo sempre houve algo de unionistas; desde a conhecida por todos confederação Ibérica do Castelão até o menos conhecida proposta do Banco Luso-Galaico que tentou fundarem nos 1920 o também menos conhecido Alfredo Pedro Guisado ou a soterrada pelo acordo Filgueira variante gráfica defendida pelo Carvalho Calero ou o Rodrigues Lapa.

Hoje em dia, isto de serem um mesmo chamado de unionista já não é como era antes. O «unionismo» é hoje uma sorte de Santa Inquisição que procura o arrependimento e o abraço da única fé da norma e da lei dos homens. Já não é um algo digamos que jus-naturalista, é algo unicamente submetido ao dogma da lei humana. Claro eu nisto já não posso intervir que são as coisas do homens. A ortodoxia está bem para os russos e os gregos, os deste lado do Atlàntico somos mais heterodoxos do que isto.

Tornando de volta para o meu unionismo, mais jus-naturalista se calhar, que este novo unionismo que estão a infiltrar os médios de comunicação dos antigos reinos das Espanhas, já hoje unicamente Reino da Espanha, temos que estar a olhar a viragem centralizadora e uniformadora na que a política do governo central está a derivar. E é que este é o novo unionismo dos novos unionistas.

Já fora ficam as reabilitações e demais caminhos constitucionalistas. Toda uma batota dos partidos da fortaleça-nação. Uma onda que começara com a fim da descentralização, significada naqueles finais de festas do 1992 em que Madrid não andava no plano e Barcelona e Sevilha pareciam capitais mundiais. Desde esse momento e mais significativamente com os governos de Aznar começaria a recentralização do sistema político, mas também económico da Espanha autonómica. Nessa época de M-30 e M-40 começa a construção da fortaleça-nação no que viria a transformar-se finalmente a capital do Reino.

Neste processo o 2006 foi um ano chave, onde este processo já não teria marcha atrás na vindoura década. Nesse ano a reforma do estatuto da Catalunha e a aprovação primeiro, das leis de matrimonio entre pessoas do mesmo sexo e posteriormente, da lei de memoria histórica ergueria uma nova época. Neste momento, ao que engardir-se-ia pouco depois a crise financeira mundial, nasce um novo fenómeno político que pode marcar claramente a fim histórica do processo de «transición de 1978». Neste momento é que a política abandona o seu espaço e é ocupado por uma serie de proclamas e «slogans», por uma confrontação para além da dialética e tornar-se-á todo em confronto e intolerància.

Neste abandono da política, por parte mesma do próprio sistema de partidos, aparecem os fenómenos da desafeição e dos populismos que a dia de hoje abrangem já uma grande parte da nossa sociedade. Dois fenómenos usados ao tempo para incidir no caminho já andado de centralização e construção da fortaleça-nação, incluindo uma sucessão dinástica pelo meio; que serviria como legitimação do novo monarca e da construção da sua nova fortaleça.

Assim anda o tema do unionismo pois ultimamente, os que sempre fomos unionistas olhamos o tema como algo esquisito (no sentido mais português do termo) e aqueles que sempre formaram uma ideia de Espanha unidirecional são os que chamam hoje unionistas. E é que neste tempos nos que andamos a correr, um tem fácil o de andar perdido.

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