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domingo, diciembre 10, 2023

Todos no caldeiro

Efetivamente, todos para o caldeiro, assim foi que criou-se há um par de séculos uma das sociedades mais modernas e democráticas. Baixo este conhecido como «melting pot» os cidadãos livres da parte atlàntica do que tempo depois seriam os Estados Unidos da América, nasciam como cidadania de uma origem etnicamente diversa e culturalmente múltipla. Emigrantes de origens diferentes no étnico e no cultural, formariam desde as mais diversas procedências: germànica, eslava, escandinava, neerlandesa,… uma das nações com maior sucesso da história. Toda ela foi junta ao mesmo caldeiro.

Um grande caldeiro onde entrou toda uma diversidade que foi absorvendo as suas diferenças na base de um país onde ter a sua cidadania, tinha por significado ser possuidor de uns direitos inalienáveis, individuais e coletivos, e que desde a mais profunda construção republicana conferiria finalmente a famosa carta que começa «We the people…»

Um dos piares das sociedades democráticas é o respeito para com as minorias que formam parte do seu conjunto. Hoje em dia, esta parte da democracia fica agachada pelo sentir da maioria. Fomos ficando absorvidos no relato de que a democracia era em exclusivo o governo da maioria e fomos esquecendo, como sociedades, a parte que fala de que é o respeito pelas minorias. Esta tendência, deixou de se-lo, é hoje já é uma realidade da definição das decisões democráticas.

Entanto, olhamos agora uma volta a uma comunidade imaginada baseada em termos de supremacismo, de uma comunidade maioritária exclusiva e de uma entidade cultural única. Ficamos a ver uma volta a um mundo anterior à modernidade, um mundo do antigo regime onde era impossível qualquer construção política baseada na aplicação de uns direitos na base da igualdade jurídica de todos os cidadãos.

Uma das diferenças neste sentido é a linguagem usada, no Reino da Espanha, por usar um exemplo próximo, têm os seus «nacionais» uma «nacionalidade». Noutra parte do mundo, falam de que os cidadãos têm cidadania; o conhecido como «citizenship». Assim vai o mundo. Numa tendência na que a involução na defesa da construção de um mundo mais democrático é mais que observável, com a Rússia e a China a governar esta nova ordem mundial.

Neste giro, a UE tem que ter um espaço próprio ou não terá espaço nenhum, desaparecerá como desapareceram anteriores construções políticas ao longo da historia. Ou trabalhamos com força na criação de uma cidadania europeia, numa Europa dos povos, com direitos e deveres comuns para toda a cidadania ou bem vamos ver como a defensa dos direitos e liberdades será novamente uma das lutas políticas que voltará ante o avanço terrível de novas formas de xenofobia e racismo que abanaram os fundamentos dos nossos direitos e liberdades.

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