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sábado, noviembre 2, 2024

Economia «Gig» ou de como engolir sapos

Nestes dias criou-se um outro golpe para os mais de 100.000 trabalhadores e trabalhadoras galegas que, ao igual que eu, cotizamos no regime especial de trabalhadores autónomos. Empreender, sair adiante, levar ao êxito a uma empresa, torna normalmente como uma das atividades de maior dificuldade que a humanidade teve, na sua história, por diante. Seja esta qual for.

Ás dificuldades próprias ao empreendimento, temos que engadir uma tributação estabelecida a nível do estado para aqueles que querem formar uma empresa que em nada ajuda a levar a bom sucesso a criação de um mais do que necessário tecido empresarial autóctone no nosso País.

Além da própria tributação do regime de autónomos, temos que pagar toda uma serie de impostos que suportamos, desde a pessoa jurídica como sociedades mercantis, até a pessoa física no seu IRPF. Além disto, suportamos IVE, taxas municipais, impostos especiais,… Toda uma teia de aranha de fiscalidade onde o estado não pergunta, nas mais das vezes se a tua atividade gerou ingressos, já que há pagos, como o de autónomos, que vêm todos os meses, tenhas ou não faturado.

25% de imposto de sociedades, 21% de IVE, 18% de retenção de IRPF, cotização mínima de 3300€ anuais de seguridade social, lixo municipal, taxas de veículos,… todo batendo na mesma tecla.

Com este panorama, onde já uma pessoa soa pode ficar abstraída ante tanto pago a realizar às contas do estado, quem é o valente que está em disposição de fazer uma contratação de uma pessoa trabalhadora por conta alhea.

As políticas públicas neste País, sempre até o de agora, fixam ajudas e subvenções para as pessoas autónomas; ou no caso, rebaixas fiscais com um limite temporal. Num mundo no que de cada vez mais, o auto-empreendimento será a forma de trabalho mais habitual, num espaço temporal mais curto, dentro da já chamada economia colaborativa e do modelo económico «gig», o atual modelo fica longe de cumprir as expectativas.

Se a este modelo de trabalho que vai à balda, somamos o alongamento da esperança de vida, torna de vez, mais do que preciso, uma reformulação do modelo tributário para dar uma viabilidade ao sistema público de pensões e de sanidade.

Estes dois últimos conceitos; o da economia «gig» e o da chamada economia colaborativa; levarão necessariamente a uma reformulação do mundo do trabalho e da tributação sobre este, num novo modelo de relações laborais e de tributação para o sustento das políticas de bem-estar, num futuro, não tão cumprido como possa semelhar.

A primeira crise fiscal das políticas de bem-estar viu da mão da crise energética do 1973, a futura crise vai vir da mão de um novo modelo de relações laborais e de um alargamento da esperança de vida. Neste mesmo contexto, a duração media da vida das empresas já está a passar dos 60 anos, aos 15 anos de vida media. Todo isto defronta uma realidade nova, sobre a que temos que ir imaginando novas soluções para manter os altos níveis de qualidade de vida nos que estamos.

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