O euroceticismo está de festa. Que as árvores não deixem ver a floresta. O que se passou na Holanda foi extraordinário para os mais. Porém, como em todas as eleições cada lado expõe a sua visão; já sabemos; nem vencedores, nem vencidos.
Entretanto, estes dias do 60º aniversario da fundação do projeto europeu, tomou impulso uma das maneiras de votar abaixo o modelo de integração europeia, o modelo de cooperação e o modelo de mercado social que impulsou o projeto de uma Europa unida como um espaço de bem-estar e de seguridade.
O federalismo, que parecia ser o caminho a seguir no processo de consolidação de um espaço único de convivência, tem posto o travão. O caminhar para uma UE a duas velocidades, já não exclusivamente em matéria económica; como a divisão entre os estados da zona «euro» e os que estão fora da moeda da comum; leva a bracejar o fim da UE, a eliminar de forma direta os seus pilares.
Se a UE a duas velocidades é deixar a um lado os princípios da democracia e da defesa dos direitos humanos, então é melhor deixar falir o projeto que começaram os Schuman e os Monet. Se a UE de duas velocidades e permitir aos Orban e aos Janusz seguir unidos ao clube, é que então algo não estamos a perceber bem as claras.