Já começou a batalha contra a chamada «globalização sem alma» e os chamados supremacistas brancos. A saúde vai num leilão que desmonta o chamado «ObamaCare». O modelo de parceiras público-privadas, para a construção de infraestruturas nos EUA, que a administração do Trump tem por modelo, é a representação, no fundo, do sistema Trump de fazer negócios. O modelo de fazer de Alabama chegou ao governo, como no seu momento, o modelo da escola de Chicago acompanhara à presidência do Nixon.
O trumpismo vive numa sociedade com um 5% de paro aproximadamente, o que fica longe da situação que viu nascer ao modelo keynesiano. É assim que, hoje em dia, os beneficiários mais próximos a estas inversões aparecem nos obrigacionistas que comprarão a imensa divida que vai ser criada durante esta administração. Não nos operários «americanos» contratados para a construção; como andam a predicar os promotores e facilitadores do MAGA e o seu novo nacionalismo do «American first». Um modelo de baixada de impostos e de desfocado gasto do governo federal num ciclo expansivo da economia, vai deixar, na fim, à economia norte-americana nas maus dos detentores da divida; que longe da anunciada guerra comercial, e inclusive militar aguardada; será o governo chinês na sua ampla maioria e o seu «politburó» de grande magnates mil-milionários.
O aumento da divida a limites nunca suspeitos, há levar finalmente, a um aumento de impostos, sobre todo de tipo indiretos, sobre a população que terá que suster os imensos sobre-custes financeiros de toda a inversão pública: que realmente é uma impressionante operação de especulação financeira global. Não figura todavia nos «mass-midia» mais «mainstream», mas o empresariado chinês, vai ser quem fique com muitos destes ganhos e quem leve adiante o programa de «Make America Great Again».
O 99% das gentes ficará longe desses ganhos que o plano, na realidade, achegará para os menos; principalmente; a aqueles que conservem propriedades imobiliárias nas cercanias dos novos desenroles de infraestruturas, e por suposto, a uma nova camada de empresas que serão as beneficiarias principais.
O Trump, o que faz bem são os seus negócios. Tem o modelo Putin, que na Rússia não trabalhou mal, ele é que tem todo um séquito de novos oligarcas mil-milionários, que apoiarão com todos os seus médios ao seu «amigo». Na mesma funciona a China, onde uma serie de «funcionários» do PCCh organiza a sua economia e escolhe seus mil-milionários, que sustentarão ao governo da maior ditadura do mundo. Trump, sabe bem de negócios, de facto, o seu gabinete é, de longe, o mais mil-milionário da história dos EUA.
O espetáculo da proibição da entrada a imigrantes de origem muçulmano, o espetáculo da construção do Muro fronteiriço com o México e toda nova mensagem do «TV soap» do Trump, é já marca do seu modo de «business is business».
Realmente, entretanto, o que está a fazer é uma nova cortina de ferro entre o mundo do capitalismo financeiro, do que ele é representante, e o mundo da economia de mercado mais social e sustentável. A guerra realmente não será com a China ou com a Rússia, nem com o México, nem o Islão; a «guerra» do trumpismo será (de facto já é, já está acontecendo) com as empresas do Silicon Valley e um outro modelo de desenvolvimento económico e de globalização e com as elites cosmopolitas que apoiam este progressismo tecnológico e cultural.
Porém, isto último, se calhar, é o que menos violento há parecer à opinião pública: o surgimento da plutocracia financeira como construtora da nova ordem mundial nacional-popular e hiper-tradicionalista.