Nas mais das heresias há uma forte união entre a teoria e a praxe. Além disto, que parece repetir-se ao longo das representações sociais ao longo da historia, as mais das heresias começam sendo minoritárias; tendo como ponto forte para influir nas maiorias, unicamente a força de uma forte coerência, não só discursiva, como também na sua prática.
A criação do corpo teórico e a base ideológica, articula a integração e a potencia mesma, do que em principio é uma alternativa minoritária, e que podemos dar em chamar de heresia; já que afasta da norma e do sentir maioritário do grupo. Estamos a falar do que muitos psicólogos sociais chamam principio de coerência.
Este principio, enunciado por múltiplos autores como Moscovici, também tem o nome de principio de compromisso. A força e a influencia sobre o poder de uma opção minoritária está na sua coerência e no seu compromisso como ferramenta para ir trasladando a sua representatividade social e política nas diversas esferas de poder. E nestas que chegamos a onde queríamos chegar. O principio de compromisso e o seu reinicio. Este processo de cambio organizacional, que já tem fixado uma data para Janeiro de 2017. O II Congresso tem que ser referido como uma oportunidade para ancorarem definitivamente o nosso corpo teórico entorno aos conceitos de social-democracia, progressismo, galeguismo e europeismo; e no tempo tem que ser referido também para a integração funcional definitiva da nossa representação social.
Desde este ponto de reinicio, temos pois que ir definindo mais as formas e as nossas sombras organizativas, desde o corpo nu ideológico que já amossamos e na praxe política onde lideramos governos. Já que logo, o nosso reinicio, tem que girar cara uma nova estruturação da organização, tanto no nível territorial; adaptando a estrutura territorial ao nosso discurso político: como no funcional; adquirindo órgãos de representação política pública e órgãos de representatividade política interna. Não falamos pois num reinicio do corpo ideológico, falamos dum reinicio do corpo orgànico.
Os 4030 votos do 25-S, merecidos ou imerecidos, são a base do novo espaço para a criação de um partido nacional galego nas melhores das tradições políticas de muitas das nações sem estado da Europa; o nosso reflexo está em partidos de governo como o SNP (Scottish National Party) ou o EAJ-PNV; com modelos de governança globais desde umas propostas realistas e de melhora das condições de vida da gente que habita nestes países, dentro de um modelo de progresso economicamente e socialmente sustentável.
O nosso devalar estratégico segue a ser conferir um espaço maioritário e de governabilidade no sistema de partidos políticos galego. O nosso objectivo é achegar as políticas públicas precisas para um novo modelo económico e social que achegue a Galiza aos mais altos níveis de bem-estar e de desenvolvimento humano.